O Céu de Ícaro

Porque o céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu

Entre Leminski, Drummont e Pessoa

E aqui me encontro
Entre Leminski, Drummont e Pessoa
E de Pessoa em pessoa me detenho
E entre o silêncio e a fala me abstenho
Mas, ao escrever, minha mente voa
Entre versos meu pensamento ecoa
Meu coração desmorona com o ponto.
Minha métrica é errada e minha rima não encaixa
Mas não quero ser poeta, apenas escrevo o que meu coração tolo acha.

Mark Twain no laboratório mágico de Nikola Tesla


La Vie En Rose (Capítulo 3)

Veja aqui o capítulo 2


Ela



Cinco dias em Paris... e três meses desde minha visita ao inferno. Aquela viagem, de fato, estava sendo o bem que me trazia à superfície. Eu acreditava que aquilo já havia me tirado do poço infinito de minha desolação, eu acreditava que esses dias na Europa me fariam retornar aos poucos para minha vida comum, que aquilo me faria começar a ser novamente alguém que merecesse respirar o ar que entravam por suas narinas. Eu estava errado. O resultado seria muito mais drástico e benéfico do que eu poderia ter imaginado.
Minha segunda parada seria Londres. Sempre quis conhecer a capital britânica, com seus pubs, sua história e sua modernidade, mas eu não sabia que eu não iria aproveitar o que a cidade poderia me oferece. Não, caro leitor, não foi minha depressão voltando a me assolar, não, o motivo foi algo radical que me aconteceu. Na verdade, alguém. E esse alguém é o motivo de eu estar escrevendo estas palavras tortas.
Cheguei à Gare du Nord por volta das 18:45, pois o trem para Londres partiria às 20:00. Esperei no saguão principal durante um tempo, li algumas revistas, comprei uma barra de chocolate e respirei pela última vez o ar da Cidade Luz.
No horário determinado, entrei no vagão, sentei em uma poltrona e esperei. Naquele momento, aquela poltrona vazia à minha frente não parecia especial, na verdade, ela já estava um pouco gasta e possuía cores dissonantes, mas hoje, relembrando tudo o que viria a seguir, tenho vontade de arrancar aquela poltrona e guardar como um monumento à vida, à minha vida, à vida que se iniciou ali.
O trem já havia começado a se movimentar quando ela passou por mim. A figura dela possuía algo diferente, algo... desculpe, leitor, mas não posso descrever com palavras, então tentarei explicar de um modo que você tenha uma noção de como me senti. Você já se apaixonou à primeira vista? Bem, isso já começa a explicar como me senti, mas ainda não é isso. Eu senti como se eu visse alguém que eu já conhecia há tempos, mas nunca havia encontrado, alguém que me inspirava paz e inquietação ao mesmo tempo, mas não era exatamente paixão, não ainda, era como se eu sentisse uma tranquilidade inquietante, uma paz perturbadora, um arrepio incomum na alma... enfim, na minha frente estava a pessoa que mudaria minha vida para sempre.
Ela passou ao meu lado com um ar de alegria estranhamente contagiante. Sim, o simples fato de ela passar ao meu lado já me acalmou, não sei se foi seu perfume, sua beleza, ou apenas algo que emanava de dentro dela, mas, acredite, era contagiantemente tranquilizador.
Ela sentou-se à minha frente. Confesso que fiquei meio desconsertado, eu não esperava sequer ter a chance de respirar o mesmo ar daquele sonho encarnado. Sem pedir, ela tirou um pedaço do meu chocolate e começou a comer enquanto olhava a paisagem pela janela. Achei aquilo ousado, mas interessante, e também me dava a oportunidade de iniciar uma conversa. Eu não conversava com uma garota desde... bem, você deve imaginar.
- Você é francesa? - perguntei.
Sem virar a cabeça, ela apenas me olhou de canto de olho e respondeu:
- Na!
Comecei a acreditar que aquela conversa não ia a lugar nenhum, senti que eu a estava incomodando. Mas diabos! Ela transmitia tanta paz, mas seus atos pareciam de alguém tão arrogante. Eu estava confuso. Eu estava intrigado com aquela figura, então decidi insistir:
- Eu poderia saber de onde você é, então?
- Não sei.
- Não sabe? Você não sabe de onde é?
- Não me lembro.
- Como você pode não se lembrar de onde veio? Como é possível?
Ela então virou seu rosto completamente em minha direção. Eu finalmente pude ver cada traço daquela bela face. Finalmente, mostrando um pouco de simpatia, enquanto segurava um pedaço de meu chocolate na altura do rosto, ela respondeu com um leve sorriso:
- Comecei esta jornada há tanto tempo, que não me lembro onde comecei. De fato, não me importa mais.
- Certo... Quer dizer que você está viajando toda a Europa.
- O mundo.
- Certo...
- ...
Fiquei desconsertado, não sabia como quebrar aquele silêncio desagradável, e a viagem duraria duas horas. Finalmente completei:
- Acredito que você não vai perguntar de onde sou.
- Imagino que você tenha nascido neste planeta, certo?
Eu não esperava uma pergunta dessas. Meio exitante, eu respondi:
- S-sim.
- Ótimo, isso significa que somos do mesmo lugar. Quer chocolate?

O futuro distópico de Robocop e a triste realidade da Detroit de hoje

Robocop é um filme sensacional e bastante pesado, principalmente para crianças (eu já sonhei com o ED-209 quando era criança, acho que aqueles efeitos especiais de antigamente eram assustadores) e se você não conhece, merece ficar no cantinho da disciplina sem comida por um mês, eu vou explicar rapidamente.

Sério, se você nunca assistiu, pare de ler agora e vá ver, depois você termina a leitura ¬¬


O filme se passa em uma Detroit distópica e dominada pelo crime, onde a tecnologia cibernética está avançando no mesmo ritmo da taxa de pobreza e desemprego. 
Ao atender um chamado, um policial acaba sendo morto por uma gangue, mas seu corpo é utilizado em uma experiência, onde ele é transformado em um policial biônico.

Acontece que o filme se passa em uma cidade que já foi uma das mais ricas dos EUA. Detroit foi o berço da industria automobilística, o que proporcionou anos dourados para a cidade, mas a expansão do mercado internacional, mais sua mão de obra barata acabaram causando a falência da cidade. Essa outrora rica cidade passou recentemente pelo pior caso de falência de uma cidade da história dos EUA.

O futuro mostrado em Robocop, infelizmente, se parece muito com a situação atual da cidade.

Abaixo estão algumas fotos mostrando a decadência da cidade.














"Já lhe contei qual é a definição de insanidade?" - um dos melhores vilões dos games [+18]

O mundo dos games possui diversos vilões clássicos, como Bowser, do Super Mario, Robotnik, do Sonic e Nemesis , de Resident Evil, mas, diferentemente do cinema, que já nos apresentou Hannibal Lecter, Freddy Krueger e Darth Vader, os jogos possuem poucos vilões carismáticos que façam você gostar de fato deles.

Esse cenário mudou com a apresentação de Vaas Montenegro, o vilão do fantástico Farcry 3.

"Já lhe contei qual é a definição de insanidade? Insanidade é fazer a mesma coisa várias vezes esperando que algo mude"
Vaas é um pirata drogado e psicopata que comanda uma ilha tomada por marginais. Ele é do tipo sádico, que tem prazer em torturar e causar o máximo de sofrimento. Isso pode soar brutal para o mundo real, mas no contexto do jogo, o desafio se torna ainda mais interessante, pois, a cada encontro com seu rival, você não tem ideia do que pode acontecer.

Abaixo segue uma das cenas mais icônicas do jogo.


O vilão foi dublado e teve os traços inspirados no ator canadense Michael Mando, que inclusive fez uma websérie como Vaas, que você pode ver abaixo.


Que outro vilão carismático de games você conhece?

Fábio Moon/Gabriel Bá


Jogo viciante para relaxar

Eis que enquanto pulava de site em site, encontrei um joguinho simples, sem objetivo, mas muito bonito e viciante.
Tente rebater os pontos coloridos até que eles comecem a fazer cascatas de cores que iniciará uma reação em cadeia que criará um caos multicolorido.
E só.
Mas é viciante... pelo menos pra mim.